terça-feira, 24 de maio de 2011

O Caso Laura.

Sinopse: 'O Caso Laura' conta a história de um detetive particular contratado para investigar os encontros que Laura mantém com um homem misterioso. Inicialmente, as gravações das conversas da protagonista com o estranho não revelam nada de espetacular; mas quando o investigador passa a seguir o enigmático sujeito, revelações conduzem a narrativa para o desfecho.

     
ISBN: 8532526446
ISBN-13: 9788532526441
Livro em português
Brochura
  23 x 16 cm 1ª Edição - 2011
Nº de págs - 272






Resenha:
 
Já se pegou precisando de um amigo? Nas horas mais difíceis todos somem, não tem um ombro para lhe amparar. Quem nunca se apaixonou, quem nunca se viu sozinho, quem nunca perdeu alguém que ama, há aqueles que acusam ao invés de estar a seu lado, quem nunca se viu olhando para o nada imaginando um anjo vindo ao seu encontro ou para aquela pessoa que sempre passa por você, que te encanta e que de certa forma você sabe da existência dela e ela não sabe nada sobre você e muito menos que você existe.
            Suspense, amor, alivio, lágrimas, êxtase, raiva, solidão, sofrimento, desprezo, entre outras coisas que envolvem nossas vidas, que estão no nosso dia a dia, que cedo ou tarde vamos conhecer cada uma delas. Se fosse uma história verídica, poderia dizer que é uma lição de vida e uma linda história, mesmo com suas alegrias e tristezas. Mas posso dizer que mesmo sendo uma história fictícia, pode-se tirar uma verdadeira lição para nossas vidas, nosso dia a dia. Um livro com um misto de todas as coisas citadas acima, envolvente, emotivo, sobrenatural e sensacional. Prende o leitor do começo ao fim, em certas partes um suspense louco e envolvente, outras partes me vi com uma lagrima deslizando pelo meu rosto.
           Acabei de ler o livro em duas semanas, com risos, lagrimas e surpresas. Ótimo livro.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

ENTREVISTA: Eduardo Spohr

 Por:
 Blog: http://canto-e-conto.blogspot.com
 Página: http://canto-e-conto.blogspot.com/2011/05/entrevista-eduardo-spohr-autor-de.html


ENTREVISTA: Eduardo Spohr, autor de A Batalha do Apocalipse (Editora Verus)

Há cerca de dez anos, a internet ganhava destaque no mercado, com todas as suas vantagens, praticidade e velocidade, mas acabou gerando um alto número de demissões, em determinadas áreas do país. Entre os brasileiros recém-desempregados, estava um jovem jornalista, que não conseguiu trabalho nos dois anos seguintes. Mas ele não ficou parado, lamentando o cargo perdido: decidiu transformar aquele período em uma fase produtiva e investiu na antiga ideia de seu livro. O que ele não imaginava, à época, era que estava criando o que seria um dos maiores fenômenos da Literatura Fantástica Brasileira.

Sim, o entrevistado desta semana é o escritor carioca de 34 anos, autor de A Batalha do Apocalipse, que já figura entre os livros de ficção mais vendidos do Brasil... Eduardo Spohr!  

O AUTOR

Ele se descreve como um jornalista, publicitário, escritor, blogueiro, 
podcaster, professor universitário, filósofo de botequim 
e PHD em contar piadas sem graça


Eduardo Spohr é um geminiano que nasceu em 05/06/1976 no Rio de Janeiro/RJ, onde reside até hoje, com sua esposa. Sendo filho de um piloto e uma comissária de bordo, à época do divórcio deles, por volta de seus 12 anos, Eduardo começou a viajar pelo mundo e teve acesso a diferentes culturas e povos. Isto inspirou seu interesse por mitologia, história e religião. 

É um apaixonado por literatura, fantasia e ficção científica. Na infância, não alimentava o hábito de ler, embora tenha adorado os poucos livros que leu e adorado escrever desde aquela fase. Spohr não se considera um escritor, mas um “contador de histórias” e o seu primeiro romance, A Batalha do Apocalipse, foi lançado em 2010.

Ele cursou Comunicação Social, Publicidade e Propaganda, especializou-se em Jornalismo Digital e começou a trabalhar em agências de publicidade, mas foi gradualmente embarcando na área do Jornalismo. Em 2001, graduou-se pela PUC-RJ, foi editor de jornalismo em vários veículos de internet – a exemplo do Cadê Notícias, StarMedia, iG, Ibest e o portal Click21, do qual era editor. Hoje, além de projetos gráficos, ele trabalha como consultor de roteiro, para produtoras publicitárias, e é professor da FACHA – Faculdades Hélio Alonso, em Botafogo, no Rio de Janeiro, onde ministra o curso Estrutura Literária, a Jornada do Herói no Cinema e na Literatura. Eduardo participa também do site Nerdcast, o podcast do site Jovem Nerd, e ainda colabora no gerenciamento do selo editorial NerdBooks, que é voltado a novidades da literatura fantástica nacional.

Até o início de fevereiro deste ano, o autor vendera cerca de 80.000 exemplares de ABDA - da tiragem vendida pela lojinha do Jovem Nerd, da edição brochura e da Especial do selo Verus, lançada no fim de 2010.

O autor tem planos de lançar mais dois livros, este ano: um deles é um projeto secreto, em que está trabalhando juntamente com a equipe Jovem Nerd. O segundo é um romance ambientado no mesmo universo de ABDA, mas com outros personagens, que será publicado pelo selo Verus e tem previsão de lançamento para o segundo semestre de 2011.

Eduardo mencionou, em entrevista ao blog da Veja, que, devido à forma como ficou conhecido, ABDA foi logo associado ao mundo nerd – alguém que o autor define como uma pessoa que gosta de aprender, descobrir mais sobre diversos assuntos. Ele acredita que a obra agradou a esse público específico – os fãs de Tolkien, Rowling, Lewis e Cornwell, por exemplo – exatamente porque ele se dedicou à profundidade dos debates, além de aspectos históricos, geográficos, filosóficos e políticos. Em sua pesquisa, Spohr também dedicou algum tempo a ler o Velho Testamento, o livro do Apocalipse, livros apócrifos e de mitologia.

O autor acredita na importância do fator humano em qualquer história: não importa se os personagens são anjos, vampiros ou robôs, todas as grandes histórias retratam conflitos humanos e focam mais os personagens e a trama do que a pesquisa em si. Ele nunca pensou em escrever sobre vampiros, tampouco acredita que a temática dos anjos veio “desbancar” os livros na linha vampírica, porque deve haver espaço para todas as obras de qualidade nas prateleiras.

Eduardo acredita que devemos trabalhar com o que gostamos de fazer porque as chances de obtermos sucesso é bem maior do que em uma profissão que você só exerce pelo dinheiro. E a dica dele para quem quer ser escritor é: escrever muito e guardar os primeiros trabalhos, que geralmente não são tão bons. Há um NerdCast em que Eduardo e Fábio Yabu dão várias dicas para quem quer escrever, por exemplo:

Estruturar-se antes de começar a escrever: 
1-  Criar um roteiro
2-  Planejar todos os capítulos, para não se perder.
3- Escrever de um a dois parágrafos, contando o que vai acontecer ali. Se começar direto, pode se perder e acabar desestimulado porque perde a linha do que pretendia dizer.

Sobre o processo de pesquisa, Eduardo afirma que ele deve ser feito com bastante cuidado e ser nivelada: sendo pouca, compromete a verossimilhança da história, mas se ela se destacar, pode dar um tom didático demais ao romance. 


COMO TUDO COMEÇOU

O fato de ele não ter uma religião definida lhe permitiu ter uma visão mais aberta, e a ideia para o livro surgiu muito antes do que pensamos.

Anos 70-80
No auge da Guerra Fria (1947-1991), como muitas pessoas, Eduardo nasceu e cresceu naquela sociedade que nutria a paranoia de um apocalipse, que seria causado por uma guerra nuclear.

Anos 90
Início dos jogos de RPG com amigos: Eduardo começa a criar histórias com batalhas apocalípticas, envolvendo anjos. Foi durante este período que muitos personagens do livro ganharam vida.

2001
Eduardo ganhou seu primeiro prêmio com o conto O Último Anjo, em um concurso literário promovido pela PUC-RJ. Anos depois, participou de um curso de roteiro ministrado pelo professor José Louzeiro, e se sentiu estimulado a transformar aquele conto em um livro. Foi assim que o romance A Batalha do Apocalipse surgiu.

2003
Como era jornalista de um portal que acabou falindo devido ao boom das empresas de internet, Eduardo perdeu seu emprego. Por dois anos, enquanto não conseguiu outro trabalho, investiu na ideia do livro: foi quando deitou ao papel aquelas primeiras ideias, que já existiam há pelo menos 10 anos. Começou com um roteiro de cinema e foi desenvolvendo a história na linha Highlander, com uma trama principal agregada a flashbacks.

Meados de 2005
Concluído o original, ele pediu que amigos a avaliassem. Eles gostaram muito e Eduardo se sentiu motivado a enviar seu original em forma de livro pronto para as editoras. Foi a uma gráfica carioca, que imprimia pequenas tiragens, e mandou fazer 30 cópias, que saíram a R$ 40 cada. Na época, chegou a ver o cartaz do II Concurso Literário da Fábrica de Livros, do Senai-RJ/Firjan: o participante deveria deixar três cópias de seu original para avaliação e o vencedor ganharia 100 cópias.

2007
Sendo participante convidado do NerdCast do Jovem Nerd, quando a lojinha do site foi aberta, eles questionaram se Eduardo queria disponibilizar cópias do seu livro para venda e, a princípio, ele não poderia, porque só possuía os 30 exemplares que mandaria para as editoras... 

Felizmente, seu livro foi vencedor naquele concurso e ele ganhou a impressão de 100 cópias. Os jovens gravaram um podcast sobre o tema angélico e o apocalipse; uma vez disponibilizados os livros, todas as cópias foram vendidas em apenas 5 horas. Com o dinheiro arrecadado, Eduardo mandou fazer mais 500. Houve muita repercussão em blogs, ele vendeu todos os exemplares, mas nada de resposta das editoras, ainda.

2009
Durante um encontro de Spohr com amigos, em Curitiba, eles se mostraram interessados em imprimir uma tiragem maior, caso nenhuma editora tivesse ainda dado resposta. Eduardo e a equipe Jovem Nerd verificaram, depois de dois anos, a caixa de e-mails do site – este conta com um programa que armazena mensagens por um longo período. Havia 8.000 e-mails solicitando o livro. Eduardo mandou imprimir uma nova tiragem de 4.000 exemplares, que se esgotou em menos de cinco meses, e foi então que a Verus, selo do grupo editorial Record, se interessou por sua obra.

2010
A tiragem inicial de 10.000 exemplares, lançada em junho, pela Verus, esgotou em aproximadamente dois meses. Em 22 de novembro, sua entrevista no programa do Jô já era tão comentada que a hashtag #nerdpower chegou ao topo dos Trending Topics do Twitter no Brasil e entrou nos mundiais, o que chamou a atenção até de artistas como Zachary Levi, conhecido por ser um ícone da cultura nerd americana. 

Em dezembro, foi lançada uma edição especial de A BATALHA DO APOCALIPSE, com 642 páginas, capa dura e extras, um grande presente para os fãs!


A HISTÓRIA



A BATALHA DO APOCALIPSE – Da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo
Editora Verus, Fantasia nacional, 2010, 588 p.

Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.

A Batalha do Apocalipse – ABDA – acabou tornando-se um fenômeno não apenas editorial, mas de alcance de público. O contexto histórico é bem explorado; a linguagem é simples e flui rapidamente. Avançamos na História do mundo, que se mistura à vida pós-expurgo do protagonista Ablon e, entre a ficção e a realidade, há uma linha muito tênue, de forma que você vai ficar tentado a pesquisar os fatos, para saber mais. E vai reler o livro, com certeza!

Ablon cruza eras da história da humanidade sem um propósito definido, até que começam a aparecer os sinais do Apocalipse. Ele vaga sozinho pelo mundo - o último dos 18 renegados lançados à Terra, o eterno general dos guerreiros querubins, que necessitam novamente de seu comandante quando a pior batalha entre os mundos superior e inferior se esboça.

Na composição do livro, houve influência de muitas grandes produções: Matrix, Highlander, Cavaleiros do Zodíaco, Vertigo, Sandman, Hellblazer, Preacher e Anjos Rebeldes – que foi a maior inspiração. Também foram importantes, no processo, as obras de autores como: Ken Follet, James Clavell, Anne Rice, George Orwell, J.R.R. Tolkien, Stephen King, Frank Herbert e Robert E. Howard – o maior autor fantástico, na opinião de Eduardo Spohr.  E, ainda, como influências no cinema e nos quadrinhos, houve: Neil Gaiman, Alan Moore, Frank Miller e Garth Ennis.

Atualmente, estão em andamento os projetos de HQ e games de A Batalha do Apocalipse, além do livro de RPG ABDA, criado pelo próprio autor.


SOBRE A CAPA DA EDIÇÃO VERUS



Um dos aspectos mais admirados na obra, a imagem da capa de ABDA foi encontrada por Eduardo no banco de imagens da internet. É de autoria do designer alemão Stephan Stölting, com quem o escritor negociou os direitos de uso, para enviar originais às editoras com essa imagem belíssima - foi tudo resolvido por internet. 

E a imagem foi utilizada também nas edições da Verus.


ENTREVISTA

CANTO & CONTO:  Eduardo, muito obrigada por ter concedido esta entrevista ao Canto e Conto!
EDUARDO: Eu é que agradeço pela oportunidade. Fico muito feliz em participar da entrevista :-)

CANTO & CONTO: Geralmente, começo com a seguinte questão... Qual foi o livro que marcou a sua infância?
EDUARDO: Crônicas de Dragonlance, de Margareth Weis e Tracy Rickman.

CANTO & CONTO: Na infância, você não apreciava os clássicos da literatura porque eram leitura obrigatória na escola. Como vê esses livros, hoje?
EDUARDO: Ainda não os li, mas quero ler. É importante não ter preconceito com nenhuma obra.

CANTO & CONTO: Na condição de leitor, o que espera de um livro?
EDUARDO: Que me divirta, principalmente.

CANTO & CONTO: Se pudesse ser um personagem da ficção e pudesse ir a qualquer lugar da literatura, quem escolheria e aonde iria?
EDUARDO: hehe... Acho que viajaria à era Hiboriana de Conan.

CANTO & CONTO: Para seus próximos trabalhos, você pensa em abordar outro gênero que não a fantasia?
EDUARDO: Por enquanto desejo continuar no cenário apresentado em ABdA. Acho que o universo ainda tem muito a expandir.

CANTO & CONTO: Eduardo, um subgênero da ficção científica, o Steampunk, tem se destacado em diversas produções do cinema e na literatura. Já há antologias e romances nacionais surgindo, nessa linha. Qual a sua opinião sobre este gênero? Como fã de FC, teria interesse em escrever dentro deste universo?
EDUARDO: Acho muito legal, adoro Steampunk, mas ainda não me sinto apto a desenvolver algo do gênero. Mas tem muita gente boa na praça.

CANTO e CONTO: Nos últimos anos, pudemos perceber um crescimento na linha da literatura fantástica, tanto estrangeira quanto nacional, especialmente em 2010. A que você atribuiria este aumento?
EDUARDO: Não sei, mas espero que não seja apenas uma moda. Faço votos que tenhamos espaço para todos os gêneros.

CANTO & CONTO: Como você avalia a queda dos preconceitos que existiam até bem pouco tempo, Eduardo, contra a literatura fantástica brasileira e mesmo contra o cinema nacional?
EDUARDO: Acho que o preconceito ainda existe, mas o autor não deve se sentir intimidado por isso. Como eu disse, acho que existe mercado para todos os gêneros.

CANTO & CONTO: Sobre o curso de Estrutura Literária, ele ainda está sendo oferecido apenas de forma presencial, na FACHA? Há algum plano para um formato online, abrangendo estudantes interessados em outros estados do Brasil?
EDUARDO: Infelizmente não há planos, mas seria algo muito bacana. Quem sabe no futuro 
:-)

CANTO & CONTO: Pode contar para nós como está o andamento de seu novo romance, ou ainda é segredo? ;-)
EDUARDO: Está no meio. Vamos ver como vai ficar...

CANTO & CONTO: Gostaria de deixar um recado para seus leitores e fãs?
EDUARDO: Um abraço para todos, muito obrigado por lerem a entrevista. No que precisarem, vocês me encontram pelo Twitter.

CANTO & CONTO: Para encerrar, Eduardo...


É JOGO RÁPIDO!

Um livro nacional:
Lúcio Flavio, o Passageiro da Agonia.

Um livro estrangeiro:
1984

Um escritor brasileiro:
José Louzeiro

Um escritor estrangeiro:
Ken Follet

Um gênero literário:
Fantasia

Um filme:
O Império Contra-Ataca

Um Lema:
Lema? :-o

Uma citação:
A Imaginação vale mais do que o conhecimento.
(Einstein)

Um personagem:
Luke Skywalker

Leitura do momento:
Frederick Forsyth

Um dia ou ano que te marcou:
1976

Escrita: Inspiração ou transpiração?
Trabalho


RECADINHO DO MUNDO LITERÁRIO

Eduardo Spohr é uma das pessoas que, como costumo dizer, merece o reconhecimento que recebe. Cordial e simpático, ela está sempre acessível a leitores e blogueiros, para um papo com os fãs ou entrevistas. Conheci A Batalha do Apocalipse através de uma matéria online da Revista Época, no ano passado, e soube de imediato que leria aquele livro em 2010. A gente voa pela história – em certo ponto, literalmente – através das 588 páginas e, ao final, a sensação é única, para quem compreendeu a mensagem do livro: reler o quanto antes!

Eduardo, tudo o que eu gostaria de lhe desejar, você já alcançou. Quero, portanto, parabenizá-lo pela cortesia demonstrada com todos os seus leitores e fãs, porque isto é um diferencial entre os profissionais. Aguardamos ansiosos pelo seu novo romance!


VALE A PENA CONFERIR!
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